Quando eu era criança, íamos a Portugal quase todos os verões com os meus pais e o meu irmão. O clima estava sempre quente e bonito, e passávamos alguns dias à beira-mar, hospedados em aconchegantes casas alugadas. Os nossos dias eram repletos de alegria, jogávamos raquettes e futebol na areia, brincávamos com o nosso pequeno caniche preto, Oziris e íamos à água do mar para nos refrescar.
No nosso local habitual, havia um simpático café-bar de madeira com mesas e cadeiras ao ar livre. Lá compramos refrigerantes, gelados, camarões e outros petiscos deliciosos. Com o passar dos anos, tornamo-nos amigos dos proprietários e dos seus filhos, e esperávamos ansiosamente vê-los todos os anos. Nos fins de tarde ventosos, trazíamos os nossos papagaios de vento para o areal da praia e as crianças do café-bar muitas vezes juntavam-se a nós. Ficamos na praia até o pôr do sol, e me lembro bem do sentimento de admiração que sentia ao ver o céu mudar de cor, com o sol refletindo no mar. Parecia que o tempo parava e todas as minhas preocupações desapareciam.
Esta pintura parece uma cena dessas memórias, e eu adoro isso.
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